Justiça argentina confirma prisão da ex-presidente Cristina Kirchner
Ex-presidente Cristina Kirchner foi condenada a seis anos de prisão em 2022, acusada de corrupção, e aguardava recurso
atualizado
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A Suprema Corte da Argentina confirmou a condenação a seis anos de prisão da ex-presidente Cristina Kirchner, acusada de corrupção. A decisão, que também impede a política de ocupar cargos públicos, foi divulgada nesta terça-feira (10/6).
Na decisão unânime, os juízes da mais alta Corte argentina rejeitaram um recurso apresentado pela defesa da ex-mandatária do país entre 2007 e 2015. Apesar de a condenação ter saído há três anos, em 2022, Kirchner não foi presa até que a Suprema Corte analisasse o caso.
Por ter mais de 70 anos de idade, a expectativa é de que a Justiça da Argentina conceda prisão domiciliar para a ex-presidente.
No caso que ficou conhecido como “Vialidad”, a ex-presidente progressista foi acusada de chefiar uma organização que desviou verbas públicas da Argentina, por meio de contratos milionários de obras incompletas e superfaturadas que beneficiaram empresários do país. Outros oito envolvidos no esquema também tiveram suas condenações confirmadas.
No início deste mês, Kirchner anunciou que disputaria um cargo legislativo em Buenos Aires, nas eleições previstas para acontecer no próximo dia 7 de setembro. Com a condenação, no entanto, ela está impedida de assumir qualquer cargo eletivo no país.
Desde o início das investigações, em 2019, a líder peronista nega as acusações, e se diz ser vítima de perseguição política.