{ "@context": "https://schema.org", "@graph": [ { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Metrópoles", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/metropolesdf", "https://twitter.com/Metropoles" ], "logo": { "@type": "ImageObject", "@id": "/#logo", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metropoles.cloud%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F30140323%2Fmetropoles-2500x2500-4-scaled.jpg", "contentUrl": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metropoles.cloud%2Fwp-content%2Fs%2F2024%2F04%2F30140323%2Fmetropoles-2500x2500-4-scaled.jpg", "caption": "Metrópoles", "inLanguage": "pt-BR", "width": "2560", "height": "2560" } }, { "@type": "WebSite", "@id": "/#website", "url": "", "name": "Metrópoles", "publisher": { "@id": "/#organization" }, "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "ImageObject", "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2025%2F06%2F09144119%2Fcolombiano-1.jpeg", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2025%2F06%2F09144119%2Fcolombiano-1.jpeg", "width": "1200", "height": "800", "caption": "Policiais miram colombiano na cracolândia", "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "WebPage", "@id": "/sao-paulo/em-pinheiros-homem-em-surto-e-rendido-na-cracolandia-morre-com-25-tiros#webpage", "url": "/sao-paulo/em-pinheiros-homem-em-surto-e-rendido-na-cracolandia-morre-com-25-tiros", "datePublished": "2025-06-10T11:58:23-03:00", "dateModified": "2025-06-10T17:17:18-03:00", "isPartOf": { "@id": "/#website" }, "primaryImageOfPage": { "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2025%2F06%2F09144119%2Fcolombiano-1.jpeg" }, "inLanguage": "pt-BR" }, { "@type": "Person", "@id": "/author/artur-rodrigues", "name": "Artur Rodrigues", "url": "/author/artur-rodrigues", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/artur.rodrigues/", "https://twitter.com/https://x.com/arturrodrigues", "https://www.linkedin.com/in/artur-rodrigues-7733bb36/" ], "worksFor": { "@id": "/#organization" } }, { "@type": "NewsArticle", "datePublished": "2025-06-10T17:17:18-03:00", "dateModified": "2025-06-10T17:17:18-03:00", "author": { "@id": "/author/artur-rodrigues", "name": "Artur Rodrigues" }, "publisher": { "@id": "/#organization" }, "@id": "/sao-paulo/em-pinheiros-homem-em-surto-e-rendido-na-cracolandia-morre-com-25-tiros#richSnippet", "isPartOf": { "@id": "/sao-paulo/em-pinheiros-homem-em-surto-e-rendido-na-cracolandia-morre-com-25-tiros#webpage" }, "image": { "@id": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fs.metroimg.com%2Fwp-content%2Fs%2F2025%2F06%2F09144119%2Fcolombiano-1.jpeg" }, "inLanguage": "pt-BR", "mainEntityOfPage": { "@id": "/sao-paulo/em-pinheiros-homem-em-surto-e-rendido-na-cracolandia-morre-com-25-tiros#webpage" }, "articleBody": "Dois casos envolvendo abordagem de policiais militares a homens que estavam em aparente surto, em dezembro de 2024, ilustram como o CEP de uma ocorrência pode influenciar na sobrevivência do suspeito na cidade de São Paulo. O primeiro caso ocorreu em um apartamento na região da Cracolândia, vizinhança pobre na região central da capital e foco de constante tensão com a Polícia Militar (PM). O segundo foi em uma cobertura em Pinheiros, bairro nobre na zona oeste paulistana. 10 imagensFechar modal.1 de 10Um levantamento inédito do Metrópoles mostra que 85 pessoas mortas pela PM em 2024 na cidade de São Paulo não portavam arma de fogo. Foram mortas 246 pessoas no anoArte2 de 10A PM deu pelo menos 459 disparos para matar 85 pessoas em ocorrências em que nenhum dos suspeitos portava arma de fogo no momento em que foram baleadas. O número de tiros representa uma média de 5,4 por ocorrênciaReprodução3 de 10Um dos casos de maior repercussão foi o da morte do estudante de medicina Marco Aurélio Acosta, que estava desarmado Arquivo pessoal4 de 10Os pais do estudante, Júlio César Navarro e Silvia Monica Cardenas, prometem ir às últimas consequências por Justiça Artur Rodrigues/Metrópoles5 de 10Outro caso de pessoa desarmada Gabriel Renan Soares, baleado pelas costas por um policial de folga quando tentava furtar produtos de limpeza de um mercadinho Material cedido ao Metrópoles6 de 10Entre os mortos também está João Victor, que implorou para não morrer durante ação da PMArquivo pessoal7 de 10O colombiano Michael Stiven Ramirez Montes foi morto com 25 tiros durante um surto, em um apartamento na região da Cracolândia Reprodução8 de 10O colecionador de armas (CAC) Marcelo Berlinck Mariano Costa atirou de dentro de uma cobertura em Pinheiros (bairro nobre de SP na zona oeste) e acabou preso pela PM sem ser baleado 9 de 10O governador Tarcísio de FreitasPablo Jacob/Governo de SP/Divulgação10 de 10O secretário da Segurança, Guilherme Derrite, é conhecido pela exaltação à letalidade policial, o que especialistas afirmam que pode ter pesado nas estatísticasReprodução/Instagram Ambos compõem a reportagem especial “A política da bala”, publicada pelo Metrópoles nesta terça-feira (10/10) com base em documentos referentes a todas as ocorrências que resultaram em morte por intervenção policial na capital paulista no ano ado. Os dados revelam que das 246 pessoas mortas pela PM em 2024, ano mais letal da gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP), 85 não portavam arma de fogo e 47 foram baleadas pelas costas. Homem em surto na região da Cracolândia Era véspera de Natal quando a polícia foi chamada para uma suspeita de gritos de uma criança na rua Aurora, Campos Elíseos, perto de onde ficava o fluxo de usuários de crack. Quando os agentes chegaram no local, encontraram o colombiano Michael Stiven Ramirez Montes, 33, em um aparente surto. O homem estava sentado, no chão do apartamento, esfaqueando um cão da raça bull terrier. As câmeras corporais dos policiais mostram os agentes de arma em punho, em um corredor do lado de fora (foto em destaque), tentando negociar para que o homem largasse a faca. “Não vale a pena”, um deles diz. Michael, com a faca no mão e o cão ensanguentado nos braços, não responde e continua a ferir o animal. De repente, um policial dispara. Foi o primeiro de muitos estampidos que lembraram um pelotão de fuzilamento. Ao todo, foram 44 tiros: 25 atingem o corpo do colombiano. O cachorro foi vítima de quatro disparos e também morreu. Logo depois, um superior se aproxima dos policiais perguntando se o homem estava com a faca. “Estava, chefe”, responde um dos praças. Ele emenda com o questionamento se o suspeito foi para cima deles. “Chefe, toda hora ele tentou várias vezes esboçar. No momento em que ele tentou…”, dizia um PM, antes de ser cortado pelo superior. “Foi para cima", "keywords": "polícia militar, Violência Policial, governo de são paulo, Tarcísio de Freitas, Guilherme Derrite", "headline": "Em Pinheiros, homem em surto é rendido. Na Cracolândia, morre com 25 tiros", "locationCreated": { "@type": "Place", "name": "São Paulo, São Paulo, Brasil", "geo": { "@type": "GeoCoordinates", "latitude": "-23.5625703", "longitude": "-46.6945706" } } } ] }Em Pinheiros, homem em surto é rendido. Na Cracolândia, morre com 25 tiros | Metrópolesbody { font-family: 'Merriweather', serif; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Regular'; src: local('Merriweather-Regular'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Bold'; src: local('Merriweather-Bold'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Heavy'; src: local('Merriweather-Heavy'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Italic'; src: local('Merriweather-Italic'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff') format('woff'); font-display: swap; }
metropoles.com

Em Pinheiros, homem em surto é rendido. Na Cracolândia, morre com 25 tiros

Raio-x das 246 mortes por policiais militares na cidade de SP em 2024 mostra disparidades na ação da PM em bairros ricos e pobres

atualizado

metropoles.com

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
Policiais miram colombiano na cracolândia
1 de 1 Policiais miram colombiano na cracolândia - Foto: Reprodução

Dois casos envolvendo abordagem de policiais militares a homens que estavam em aparente surto, em dezembro de 2024, ilustram como o CEP de uma ocorrência pode influenciar na sobrevivência do suspeito na cidade de São Paulo.

O primeiro caso ocorreu em um apartamento na região da Cracolândia, vizinhança pobre na região central da capital e foco de constante tensão com a Polícia Militar (PM). O segundo foi em uma cobertura em Pinheiros, bairro nobre na zona oeste paulistana.

10 imagens
A PM deu pelo menos 459 disparos para matar 85 pessoas em ocorrências em que nenhum dos suspeitos portava arma de fogo no momento em que foram baleadas. O número de tiros representa uma média de 5,4 por ocorrência
Um dos casos de maior repercussão foi o da morte do estudante de medicina Marco Aurélio Acosta, que estava desarmado
Os pais do estudante, Júlio César Navarro e Silvia Monica Cardenas, prometem ir às últimas consequências por Justiça
Outro caso de pessoa desarmada Gabriel Renan Soares, baleado pelas costas por um policial de folga quando tentava furtar produtos de limpeza de um mercadinho
Entre os mortos também está João Victor, que implorou para não morrer durante ação da PM
1 de 10

Um levantamento inédito do Metrópoles mostra que 85 pessoas mortas pela PM em 2024 na cidade de São Paulo não portavam arma de fogo. Foram mortas 246 pessoas no ano

Arte
2 de 10

A PM deu pelo menos 459 disparos para matar 85 pessoas em ocorrências em que nenhum dos suspeitos portava arma de fogo no momento em que foram baleadas. O número de tiros representa uma média de 5,4 por ocorrência

Reprodução
3 de 10

Um dos casos de maior repercussão foi o da morte do estudante de medicina Marco Aurélio Acosta, que estava desarmado

Arquivo pessoal
4 de 10

Os pais do estudante, Júlio César Navarro e Silvia Monica Cardenas, prometem ir às últimas consequências por Justiça

Artur Rodrigues/Metrópoles
5 de 10

Outro caso de pessoa desarmada Gabriel Renan Soares, baleado pelas costas por um policial de folga quando tentava furtar produtos de limpeza de um mercadinho

Material cedido ao Metrópoles
6 de 10

Entre os mortos também está João Victor, que implorou para não morrer durante ação da PM

Arquivo pessoal
7 de 10

O colombiano Michael Stiven Ramirez Montes foi morto com 25 tiros durante um surto, em um apartamento na região da Cracolândia

Reprodução
8 de 10

O colecionador de armas (CAC) Marcelo Berlinck Mariano Costa atirou de dentro de uma cobertura em Pinheiros (bairro nobre de SP na zona oeste) e acabou preso pela PM sem ser baleado

9 de 10

O governador Tarcísio de Freitas

Pablo Jacob/Governo de SP/Divulgação
10 de 10

O secretário da Segurança, Guilherme Derrite, é conhecido pela exaltação à letalidade policial, o que especialistas afirmam que pode ter pesado nas estatísticas

Reprodução/Instagram

Ambos compõem a reportagem especial “A política da bala”, publicada pelo Metrópoles nesta terça-feira (10/10) com base em documentos referentes a todas as ocorrências que resultaram em morte por intervenção policial na capital paulista no ano ado.

Os dados revelam que das 246 pessoas mortas pela PM em 2024, ano mais letal da gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP), 85 não portavam arma de fogo e 47 foram baleadas pelas costas.

Homem em surto na região da Cracolândia

Era véspera de Natal quando a polícia foi chamada para uma suspeita de gritos de uma criança na rua Aurora, Campos Elíseos, perto de onde ficava o fluxo de usuários de crack. Quando os agentes chegaram no local, encontraram o colombiano Michael Stiven Ramirez Montes, 33, em um aparente surto. O homem estava sentado, no chão do apartamento, esfaqueando um cão da raça bull terrier.

As câmeras corporais dos policiais mostram os agentes de arma em punho, em um corredor do lado de fora (foto em destaque), tentando negociar para que o homem largasse a faca. “Não vale a pena”, um deles diz.

Michael, com a faca no mão e o cão ensanguentado nos braços, não responde e continua a ferir o animal. De repente, um policial dispara. Foi o primeiro de muitos estampidos que lembraram um pelotão de fuzilamento. Ao todo, foram 44 tiros: 25 atingem o corpo do colombiano. O cachorro foi vítima de quatro disparos e também morreu.

Logo depois, um superior se aproxima dos policiais perguntando se o homem estava com a faca. “Estava, chefe”, responde um dos praças. Ele emenda com o questionamento se o suspeito foi para cima deles. “Chefe, toda hora ele tentou várias vezes esboçar. No momento em que ele tentou…”, dizia um PM, antes de ser cortado pelo superior. “Foi para cima">

Um dos agentes acaba respondendo que sim, embora as imagens mostrem que o homem permanecia no chão quando foi baleado. O chefe, então, sentencia que o uso da força foi necessário, versão dos policiais no boletim de ocorrência. O documento também registra o encontro de 320 gramas de maconha e dois invólucros de cocaína.

Homem em surto em cobertura de Pinheiros

No dia 6 daquele mesmo mês, a 6 quilômetros do cenário da morte de Michael, policiais da Rota, a tropa de elite da PM, foram chamados para uma ocorrência bem mais grave. O CAC (sigla para Colecionadores de Armas, Atiradores e Caçadores) Marcelo Berlinck Mariano Costa, 31 anos, havia feito disparos do alto de uma cobertura em Pinheiros, bairro nobre da capital paulista.

CAC
Colecionador de armas foi preso com arsenal em casa após surto

Assim que entram no prédio, os PMs escutam o som dos tiros. Ao chegarem no andar, o homem, também em um aparente surto, grita de lá de dentro para que a equipe entre. No entanto, logo em seguida, ele faz um disparo em direção à porta onde estavam os agentes. Os PMs retrocedem e resolvem chamar o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), setor da PM especializado neste tipo de ocorrência. Até que os especialistas cheguem, eles permanecem no local para a contenção da situação.

Os policiais, então, utilizam explosivos para arrombar a porta do apartamento. Um cão policial entra no imóvel e consegue imobilizar o homem. Os policiais prendem Marcelo sem disparar um único tiro. Lá dentro, a polícia encontra pequenos sacos plásticos com cocaína, além de outros já vazios, o que indica que teriam sido consumidos anteriormente. No imóvel, também foi localizado um arsenal com 152 armas de fogo.

Disparidade

O caso envolvendo o CAC aconteceu na região do 14º DP (Pinheiros), onde foi registrada uma ocorrência de resistência seguida de morte. Já o caso da região da Cracolândia se desenrolou no 3º DP (Campos Eliseos), com um índice cinco vezes maior de ocorrências com mortes por PMs.

A disparidade de casos se repete em outras regiões da cidade. O 89º DP (Morumbi) fica no bairro onde talvez haja a desigualdade social mais visível na capital: um cenário marcado pelas mansões do bairro que dá nome ao distrito e, de outro lado, pelas construções precárias da maior favela da cidade, Paraisópolis. Foi ali que os escrivães registraram mais casos de resistência seguida de morte: 14 no total.

O que diz a PM

A Polícia Militar (PM) afirma, por meio de nota, que “não tolera desvios de conduta” e que, “como demonstração desse compromisso, desde o início da atual gestão, 463 policiais militares foram presos e 318 demitidos ou expulsos”.

Segundo a corporação, todas as mortes por policiais são investigadas com acompanhamento da Corregedoria e do Ministério Público. Além disso, o comunicado afirma que em todos os casos são instauradas comissões para identificar “não-conformidades”.

“A atual gestão investe em formação contínua do efetivo, capacitações práticas e teóricas, e na aquisição de equipamentos de menor potencial ofensivo, como armas de incapacitação neuromuscular, com o objetivo de mitigar a letalidade policial”, diz a nota.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os os a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?